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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Um poema para hoje!

Conserto a palavra com todos os sentidos em silêncio 
Restauro-a 
Dou-lhe um som para que ela fale por dentro 
Ilumino-a 

Ela é um candeeiro sobre a minha mesa 
Reunida numa forma comparada à lâmpada 
A um zumbido calado momentaneamente em exame 

Ela não se come como as palavras inteiras 
Mas devora-se a si mesma e restauro-a 
A partir do vómito 
Volto devagar a colocá-la na fome 

Perco-a e recupero-a como o tempo da tristeza 
Como um homem nadando para trás 
E sou uma energia para ela 

E ilumino-a.
Daniel Augusto de Cunha Faria ,in “Homem que São como Lugares Mal Situados”

5 comentários:

  1. Adoro poesia! :D Não sei se isto é uma rubrica, mas espero que continues a colocar poemas como este. :)
    r: Obrigada na mesma. Vamos ter mesmo de deixar como está. Também procuramos no Google, mas não encontramos nada. :|
    Olha, se tiveres algum problema podes vir sempre falar connosco. ;)
    -Elisabete

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  2. Não conhecia, mas está bastante engraçado :)
    r: Muito obrigada querida.

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