“No amor ambos tem de tocar a mesma música.”

Na última sexta-feira do mês eu ouvi “No amor ambos tem de tocar a mesma música.” e de seguida foi prenunciado um não concordo, por demasiadas bocas para ter tempo de agora as mencionar. 

Eram todas bocas jovens; belas; femininas e com esperanças de contos de fadas, onde os dois mundos mais banais se uniam em perfeita harmonia.

Tive vontade de discordar, de apresentar os meus argumentos, mas, a altura já tinha passado, tinha-me acorrentado aos meus pensamentos, deixara a fala passar e perdera a atenção do público.

Apesar de tamanha oposição e de um mau julgamento da frase, a meu ver, ela exprime o verdadeiro amor.

Num amor é necessário que se encontre um meio termo entre brigas, amassos, discussões, beijos, dor, alegria, choro, sorrisos, aversão e paixão. Para isso, ambos os indivíduos tem de tocar a mesma música, e não me refiro a gostos musicais mas, a ambos terem uma visão semelhante.

Não adianta se num carro o depósito estiver cheio, se o condutor não tiver qualquer força de vontade para conduzi-lo, o carro nunca se irá mover. É o que acontece numa relação, não adianta se um dos pares quiser, com toda a força, seguir em frente, se o outro não o quiser, a relação numa se desenvolverá e um dos pares vai acabar apenas por atrasar a sua vida, NA VIDA NÃO PODE EXISTIR PAUSAS POR ISSO HÁ QUE A VIVER.

“No amor ambos tem de tocar a mesma música.”, seja ela lenta ou rápida, o que importa é que durante o recital nenhum dos pares abandone o palco.

-A.C.