Por vezes dá-me aquela sensação de uma felicidade total e o melhor é que nem sempre existe uma razão para esta.
”Estou simplesmente feliz”- digo eu nos meus dias de felicidade condicional. E é verdade, eu estou simplesmente feliz, sem razão; sem motivo; eu apenas estou. De tanto a tanto eu acordo com uma vontade enorme de ajudar todos, de elogiar todos, de distribuir felicidade, ser o meu melhor.
Nesses dias parece que todos me interrogam, deixe ver, tenho de ter razão para estar feliz? Porquê? Quem disse tal coisa? Alguém escreveu?
Conceito de felicidade é relativo, confuso, inexplicável, porém, o sentimento é coisa mais definida, certa, pura e libertadora do mundo. Dá gosto em tê-la e cobiça de tranca-la numa caixa bem pequena, cheia de cadeados e correntes, para que ela nunca desapareça.
A notícia má é que ela acaba sempre por arranjar uma forma de se libertar. A boa notícia é que ela volta sempre, se calhar até nos momentos mais inesperados.
Ao longo dos anos uma pessoa ganha mais habilidades em como conservar este estado de espírito e como distribui-lo para gerar mais e mais.
Voltando às perguntas que abandonei no meio do texto.
Não. Não tem uma razão para eu estar feliz, como não tem uma razão para estar triste. Hoje acordei assim e vou fazer os possíveis para me deitar assim.
Desejo-lhe o mesmo, porque estar feliz é para muitos algo inatingível e para aqueles que a conseguem deem-lhe o merecido valor.
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