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terça-feira, 29 de abril de 2014

O Guia para a Menina que namora o Idiota.

E só quando eu gritei que tudo acabou é que eu ouvi a tua voz:
-O que querias que eu  tivesse feito? Hum...o que é que eu não fiz?

Não tinhas feito nada e aí estava o problema. Vivi a minha vida toda à procura de um conto de fadas. Queria um rapaz que me ama-se, um que me ouvi-se, que me fizesse sorrir muito, que me fizesse ter saudades incondicionais, que não me fizesse questionar o porquê de estar com ele, um que me agarra-se pela cintura, que me aturasse, que lê-se a minha mente, que me chamasse de "amor";" linda"; de "sua.", um que beijasse na chuva, que me sussurrasse ao ouvido "eu amo-te", que não me fizesse sentir um lixo, que me comprasse rosas, que me beijasse com todo o carinho na testa e na ponta do nariz , que estivesse presente nos meus melhores e piores momentos (...)
Sabes? Eu só queria um príncipe que me salvasse e me levasse embora de toda a monotonia do dia-a-dia para eu ser a sua princesa, num castelo coberto de oiro e diamantes onde juntos iriamos ter um final feliz. E como podes ver, tu não és o meu príncipe e eu não sou a tua princesa, não tivemos um final feliz e muito menos um castelo coberto de oiro e diamantes.

-Nada. Eu não queria que fizesse nada. Eu não queria. Tu não fizeste nada. N-A-D-A -rangi entre dentes como resposta. Baixei a cabeça e fechei os olhos, com bastante força, para jamais alguma lágrima se atrever a escorrer.

Talvez o problema fosse eu. Eu esperava o impossível. Eu esperava um conto de fadas no mundo real. Que idiota... Como poderia eu pensar sequer em ser uma princesa?! Eu sou apenas uma rapariga normal, demasiado ingênua. EU ME ODEIO POR SER ASSIM.

-Olhe para você! Quer ajoelhar e pedir por favor para eu te amar? É?!- o teu riso entoou na minha mente.

E foi aí que eu me apercebi do idiota que tu eras. O problema não era a minha mente ingênua, não era eu....ERAS TU. Tu eras o problema.
Tu nunca me conseguis-te amar e eu penso que nunca conseguirás, mesmo que tentasses muito.
Eu havia errado e tinha de o admitir. Eu era muito nova, excessivamente carente, sonhava em demasia e não sabia o que era amor de verdade. Então, acabei por me perder nos teus olhos, de me iludir com as tuas palavras e logo, acabei por me perder.
Por isso, eu fiz aquilo que na altura parecia mais certo, o que naquela altura parecia que te iria magoar mais.

Eu sorri e sibilei lentamente como se estivesse a explicar a um menino de 5 anos as Leis de Newton:
- Eu sou o maior bem que tu alguma vez irás possuir. Pois, no final, eu irei ser sempre demasiado boa para ti- e essa foi a primeira vez que eu te vi sem palavras, ficas-te vermelho e eu abandonei-te.


Porque sabes meu amor?! Isto é um mundo grande e eu irei, eventualmente, encontrar alguém que me vai amar, alguém que me trate bem, alguém que me irá dar valor, um príncipe, com o seu cabelo branco, que me irá salvar dos meus pesadelos e que me torne a sua princesa, no final iremos ser felizes para sempre no seu castelo coberto de diamantes e oiro. 
E aí, eu vou reviver este momento e pensar "Porquê que desperdicei tanto tempo com esse idiota?".
-A.C.

Um comentário:

  1. Todas as moedas têm a 'outra face'. Algumas demoram mais tempo que outras para a encontrar.

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